Hoje recebi uma cópia do jornal "O Politécnico". Após a leitura resolvi fazer uma crítica de tudo que lí no jornal:
1 - Capa: Não sei qual foi a idéia, mas algo como
"e ensino
na uni-
versida-
de,
bolivaria-
nismo,
fotografia
e mais!"
Me parece mais uma piada, ou um meta-poema, do que a capa de um jornal. Talvez o cara que escreveu era gago?
2 - (Espalhados pelo jornal todo). Algumas partes do texto estão mal diagramadas, por exemplo quando aparecem frases do estilo:
" Participe dessa breve viagem pela
cultura francesa! ."
Será que os politécnicos não sabem usar o Word? Ou o OpenOffice?
3 - Entrevista com Neli Wada (vulgo "tia da greve"): Como pode na entrevista, o entrevistador falar mais que a entrevistada? Vamos lá, aprendendo a fazer uma entrevista:
- Não é uma reunião do AA, "Oi meu nome é Neli, tenho 22 anos e tenho um vicio". Quem apresenta o entrevistado é o entrevistador. De preferência com alguns elogios e algo que faça o leitor querer ouvir a opinião de tal pessoa.
- Entrevista não é um julgamento, "Mas e que trabalho do sindicalista é esse de fazer greve e não trabalhar?", Estamos falando de todos os sindicalistas do Brasil? Estamos falando da Tia (Neli Wada)? Estamos acusando a Neli de não trabalhar?
- Entrevista não é aula de historia, "Qual é o fundamento da greve?", favor digitar no google: fundamentos da greve. Com certeza você achará informações mais precisas do que a opinião da Sra. Neli.
A lista poderia continuar indefinidamente, tem tanta coisa errada e ruim nessa entrevista que até parece que a Sra. Neli, cuja falta de admiração entre os politécnicos é famosa, é gente boa! Parece uma santa, culta e tranquila. Imagem esta que difere totalmente da tia segurando um microfone no carro de som gritando "Facistas" e tocando axé para interromper as aulas na frente dos prédios da Poli. Imagem que difere a senhora que gerou uma briga (que eu estava presente, assistindo) entre os funcionários e alunos da Poli após luta pelo microfone.
4 - "Não tá legal", a idéia pareceu boa, um lugar onde os alunos possam reclamar dos problemas que encontram na Poli. Mas pense nisso: é mais fácil reclamar ou corrigir? Será que precisamos de mais gente reclamando? Cabe a quem reclama também propor soluções. Reclamar por reclamar não é nada moderno e inovador como deveriam ser os Politécnicos.
5 - Tirinha polêmica: Eu achei engraçado. Mas a crítica aqui não vai para a tirinha em sí, e sim para a quantidade de bobagem que veio comentando a tirinha. Muitas palavras sobre liberdade de expressão, religião e até o codigo penal entrou na brincadeira (artigo 208, ultraje ao culto). Vocês devem estar de brincadeira né? Esta divagação editorial, em conjunto com a opinião dos colegas Haydee Svab e Rodolfo Benevenuto, caracterizou claramente a razão pela qual nenhum jornal da Poli vai ser levado a sério. As pessoas que estão envolvidas neste trabalho (tradicionalmente) não poderiam estar mais longe de representar a massa politécnica. São pessoas que admiram o jornalismo e tentam passar um ar de cultura. Vamos a um exemplo:
Do texto do colega Haydee: "Que a Universidade seja um espaço de pensamento crítico, de debate sobre a realidade, não de simples aceitação do status-quo."
Oras, que diabos tem a ver a Universidade com a publicação de uma tirinha que tem Jesus no jornal "O Politécnico"? A Universidade é muito maior que O Politécnico, e me parece um certo exagero colocar em risco a liberdade de expressão da Universidade, ou falar que o debate aqui é surreal (ou imaginario). É uma tentativa pifia de dar importância a um assunto totalmente aleatório, para que o colega possa expressar sua "Revolucionaridade" contra a "opressão do reitor e da classe dominante". Desculpa, você está no século 18? Ah tá...ainda se o reitor tivesse proibido a publicação de "O Politécnico", talvez faria algum sentido falar sobre o espaço da Universidade e seus debates.
Do texto do colega Rodolfo: "O politécnico, não deveria promover obras de conteúdo desrespeitoso, principalmente quando este é previsto inclusive pelo código penal brasileiro." Se aquele saiu do século 18, esse deve ter saido do DOPS. Vamos por partes, primeiro que lendo só a frase do colega, parece que o jornal colocou a foto de Jesus transando com um travesti, com uma agulha de heroina espetada no braço, ouvindo música eletrônica e estudando cálculo IV. Não é o caso, Jesus na tirinha não passa de um coadjuvante, inclusive pronto para operar um milagre. Citar o código penal então foi a cereja no topo do bolo. Só me diga quem foi injuriado com a tirinha? Jesus? Qual foi a injuria cometida? Jesus não pode aparecer com uma coroa de espinhos? Os dedos do pé dele estão mal desenhados? O artista não retratou Jesus de maneira correta? Ê lê lê... quanta besteira.
Foi então que senti muita saudade do "O Politreco" e joguei "O Politécnico" no lixo, lendo apenas o brilhante texto do colega Emir Nakagawa "Como seriam as leis da termodinâmica se o congresso nacional assumisse o controle da mãe natureza" que tem pérolas dignas de um Polinerds como:
Lei 1: "A energia se conserva"
Artigo 1 - (vetado)
Artigo 2 - Cria-se a Funbraterbras - Fundação Brasileira de Termodinâmica, Agricultura e Termologia do Brasil.
Artigo 3 - Delega-se à Funbraterbras o monitoramento de energia do universo e do Distrito Federal.
Artigo 5 - Estabelece-se o dia dezoito de novembro como o dia da entalpia, ponto facultativo em todas as repartições públicas com presença comprovada de entalpia.
Lei 2 - Artigo 2 - Declara-se Paulo Maluf o patrono da entropia no Brasil.
Ótemo!
As vezes falar besteira e mostrar gente vomitando no integra-poli é mais interessante do que ler besteiras que se julgam sérias.
Abraço
ps: Não sou perfeito
ps2: Todos os erros de portugues e acentuação são culpa exclusiva do deficiente sistema brasileiro... da minha cabeça maluca.